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COMO FAZER PARA SER FELIZ?
Por: Tânia de Oliveira
     A velhice desnuda as ilusões como desnuda o corpo da vitalidade e fluidez da juventude. E esse fato tem sua beleza se estivermos atentos a aceitação dessas mudanças.
   Ontem fiquei observando o comportamento de algumas pessoas numa festa de família. Consegui identificar internamente o dossiê de várias gerações só olhando as pessoas que estavam presentes.
    Por hora eu vi um adolescente sedutor poderoso ansioso em testar os olhares aprovadores em seu charme dissimulando naturalidade. Depois vi uma criança ciumenta disputando atenção entre outras crianças do meio, para testar como ser amada e cuidada pelos seus pais principalmente pela sua mãe. Vi uma mulher de meia idade, exagerando a maquiagem e o decote ousado como para afirmar que ainda tem algum poder embora já pendente. Vi um homem afogando-se em bebida com um sorriso amarelo de uma pessoa doente, infeliz. Depois vi uma anciã que tentando chamar atenção com observações de utilidade prática para chamar simpatia, um riso acolhedor ou simplesmente uma aprovação. O interessante é que me identifiquei em todos os perfis.
  Como nossos papéis são figurativos, imitativos e condicionados! Vivemos praticamente de imitação, em busca de aceitação e apreciação dos outros. Esse estado caracteriza o ser humano desde o ignorante, o intelectual, o comerciante, o pai de família, a mãe, os comuns e até os gênios.
     Podemos dizer que temos culturas diferentes mas nós seres humanos em todos os credos somos muito parecidos em nossos valores superficiais, em nossos medos, em nossa ausência de maturidade e incapacidade de sermos felizes como somos e como estamos, em relação ao próprio tempo.     

      Aprendemos desde cedo a correr em busca de algum tipo de poder para sermos apreciados e respeitados pelos outros. O penoso, é que nessa corrida que aprendemos a praticar desde cedo, atropelamos, e somos atropelados o tempo todo e esquecemos de amar a nós mesmos e consequentemente aos outros. E amar é um bem em si que faz bem a vida. Sem o amor incondicional somos fúteis e estéreis.
    Creio que haverá um tempo em que os educadores terão nos currículos de ensino, nas escolas e universidades, desafios para desconstrução de tudo isso e projetos para desafiar a encontrar meios para tornar a humanidade mais amorosa e mais feliz.
       Confio.
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 16/11/2014
Alterado em 16/11/2014


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